terça-feira, 1 de julho de 2014

Sinfonias

Ecoa tudo que é ser.
Palavra lançada no infinito, o teu nome
- ou melhor: nada de infinito.
Este momento aqui, este, entre a luz que entra
e aquele sol que vai embora.
Com a mão repousada em meu pescoço,
sussurra o que se diz no meu ouvido.
Então ecoa.
Ecoa como tudo quer ser.
Na caverna, um que senta nu e molhado,
sibilando horrores, ouve.
Sorri. Um descanso. De quê?
Um descanso. Aonde?
O vento corre, um assobio.
Tuas paredes cantam sempre.
Socorrem-me essas suas sinfonias.