quinta-feira, 23 de maio de 2013
domingo, 19 de maio de 2013
Anatomonotonia, um ódio a um toque
Odeio esse toque que caminha meu
corpo como discovered country
Esse toque pretensioso, frio, firme
e cartógrafo
Esse toque de quem mora em mim
há muito tempo
e já pensa conhecer todos os
meus segredos e caminhos, ruas e becos
Que me pensa máquina, com:
botões,
conexões,
ligações em paralelo e,
abaixo de tudo,
lógica.
Odeio esse toque repetido, esse
eterno retorno às seguras terras
Os dedos viciados, dedos
suburbanos
A pele pouco estrangeira, velha
A boca seca, a língua nervosa
que roça os cantos,
sem encanto.
Olhos que caem sobre mim e não me veem.
“De você eu já sei”, dizem eles,
cheios de enganos.
O que seu toque não sabe é que
perco a mim
dia sim,
dia sim.
Despelo, pelo.
E a cada ciclo sou carne viva,
queimada.
Mas você já me sabe.
Ah, você já me sabe...
Sou sua sesmaria, seu
latifúndio, sua terra colonizada.
Só não sente, toque seu,
que teu arar não cria nada.
Daqui em pele e sempre
eu sou terra arrasada.
domingo, 12 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
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